segunda-feira, 6 de abril de 2009

Jantar sela acordo entre PSDB e DEM

Diario de Cuiabá
Um jantar na cobertura da deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB), na sexta-feira à noite - com a presença do prefeito Wilson Santos e do senador Jayme Campos -, selou acordo entre o PSDB e o DEM para 2010. O cardápio, recheado de planos para o processo sucessório, estabeleceu ainda que pesquisas eleitorais definirão a liderança de chapa – pleiteada pelo prefeito tucano e o senador democrata.


O cenário nacional, com o já confirmado apoio democrata ao candidato tucano à presidência da República, reflete o eixo político em Mato Grosso. Fora a dobradinha política, o cardápio do jantar teve peixe e rondelli, além de crepe de frutas vermelhas na sobremesa. Longe dos discursos oficiais, o gestor tucano deixou clara sua pré-disposição para disputar o governo do Estado no próximo pleito se esse for o entendimento do PSDB e o “anseio da população”.

Pesquisas eleitorais qualitativas e quantitativas serão realizadas entre dezembro desse ano e janeiro de 2010. Elas definirão a escolha do líder de chapa, considerando os nomes de Wilson Santos e do senador democrata Jayme Campos. Da reunião também participaram o presidente estadual do DEM, Oscar Ribeiro, e o ex-candidato à prefeitura de Várzea Grande, Júlio Campos. Convidado, o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) não participou do jantar devido a um compromisso em Brasília.

Segundo informações levantadas pela reportagem, na reunião o prefeito tucano também acenou positivamente para um possível recuo de seu projeto caso os estudos eleitorais evidenciem a preferência do eleitor pelo senador democrata. No encontro, o senador democrata disse que ele, particularmente, tem dificuldade de compor com uma aliança liderada pelo grupo republicano. Com seu estilo democrático, Oscar Ribeiro lembrou que o DEM estará aberto para entendimentos com outras siglas. O dirigente democrata entende que o PR também deve integrar o arco de possibilidades com o DEM.

Já o prefeito Wilson Santos deixou claro que o PSDB é oposição no processo sucessório. Disse ainda que o DEM deve seguir o mesmo caminho, já que o Democratas estaria sendo sucessivamente “humilhado” pelo PR. A aproximação só será de fato consolidada durante o processo sucessório. Por enquanto, tanto o PSDB como o democratas continuam investindo em conversas com outras legendas. Nesse quadro, as duas legendas têm se esforçado para conseguir respaldo do Partido Progressista (PP), que faz parte da base do governo.

Mas devido ao crescimento no Estado e a expressividade confirmada pela representação em Mato Grosso, a sigla vem se confirmando como uma das legendas mais cortejadas no espectro político. Apesar de ter admitido extra-oficialmente que tem a intenção de pleitear o comando da administração do Estado, Wilson Santos faz questão de frisar em público que “só é candidato ao governo de Cuiabá”.

No entanto, a deputada federal Thelma de Oliveira acentua que o gestor tucano “é o nome do PSDB para liderar chapa majoritária nas eleições de 2010”. Jayme Campos, por sua vez, resolveu atender aos apelos internos e assumiu, em ato regional do DEM realizado recentemente na capital, que é pré-candidato democrata na disputa pelo governo de Mato Grosso.

A posição do senador acendeu as luzes de alerta do PR, que agora tenta arregimentar forças políticas para levar a frente seus planos de conseguir um substituto para o governador Blairo Maggi (PR).

Distante dos encontros oficiais, Wilson e Jayme também organizam reuniões pontuais com outros partidos, inclusive com o PMDB - que também planeja lançar o vice-governador Silval Barbosa na corrida ao governo. Jayme, que não esconde sua insatisfação com a forma de condução política do PR, conta ainda com um quadro nacional que leva o DEM a costurar com os tucanos.

Mesmo sem as regras da verticalização, a nacional dos partidos pode deliberar pela fidelidade das alianças nos estados

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