Midia News
O governo brasileiro aceitou o convite do Fundo Monetário Internacional (FMI) para participar do grupo de países que financia regularmente o organismo e informou que aportará US$ 4,5 bilhões na instituição, com o objetivo de ajudar países emergentes que enfrentam dificuldades de crédito por conta da crise internacional.Ao fazer o anúncio há pouco, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclareceu que, em troca, o FMI dará ao Brasil Direitos Especiais de Saques (SDRs, na sigla em inglês).
Os SDRs são a moeda do fundo e, segundo Mantega, representarão uma nova aplicação para as reservas brasileiras, já que os papéis rendem juros.Mantega ressaltou que o governo brasileiro sente-se honrado com o convite para entrar no grupo dos 47 países que são credores do FMI, entre os 185 membros efetivos do fundo. "Mostra que o Brasil tem solidez econômica e ainda que poderá ajudar os países emergentes com problema de crédito", afirmou, sem dar prazo para que o aporte seja efetivado.
O ministro informou ainda que "com certeza" o Brasil também deve participar de outro aporte que os países avançados concordaram em fazer ao FMI durante a reunião do G-20, na semana passada. No evento, foi acordado que os países ricos vão injetar recursos no Fundo com o objetivo de reativar o comércio global. Segundo o ministro, esse novo mecanismo ainda depende da emissão de um bônus especial pelo FMI.
"O Brasil decidirá quanto vai aplicar nesse bônus e será apenas uma troca de aplicação das reservas", disse.Atualmente, a maior parte das reservas, que somavam US$ 201 bilhões ontem, é aplicada em títulos públicos emitidos pelos governos dos Estados Unidos e outros países ricos da Europa.
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