05 Julho 2009
Disposto mesmo a encarar o projeto de candidatura a governador, o prefeito da Capital Wilson Santos renuncia na próxima semana ao cargo de presidente estadual do PSDB. Ele transfere a missão de conduzir a legenda à deputada federal Thelma de Oliveira, que buscará novo mandato. O curioso é que, com essa decisão, o tucanato segue caminho contrário ao do PR do governador Blairo Maggi. Enquanto na agremiação tucana um pré-candidato majoritário, no caso Santos, se afasta para uma concorrente proporcional assumir as rédeas do partido, na sigla republicana quem deixa a presidência é o virtual candidato proporcional Moisés Sachetti, que deve concorrer a deputado federal, para abrir espaço ao provável candidato majoritário Wellington Fagundes, que se empolgou com a pré-candidatura a uma das duas cadeiras de senador.
O PSDB já foi a maior legenda no Estado. Em 2002, último ano da gestão do governador Dante de Oliveira (já falecido), o partido tinha 55 prefeitos e detinha a maioria das cadeiras de vereador e de deputado estadual. Hoje só controla 6 prefeituras. O título de maior legenda está com o PR, com 22 gestores, 17 vice, 228 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais, além da cadeira de governador.
Wilson Santos chegou a conclusão de que seria muita demanda continuar na presidência estadual. Além da atribuição de prefeito, ele ainda precisa, enquanto dirigente partidário, visitar os municípios para organizar, orientar e estruturar a legenda, atuar como bombeiro para apagar incêndios internos, buscar composições partidárias e ainda cuidar da pré-campanha. Diante disso, decidiu que vai abrir mão da condição de presidente. A cúpula regional chegou a um consenso quanto ao nome de Thelma, hoje secretária-geral, para ocupar a direção estadual.
Para alguns tucanos, a deputada tem habilidade política e tempo para percorrer o Estado, se reunir com a direção nacional e reforçar o projeto de candidatura de Santos ao Palácio Paiaguás. Outros entendem, porém, que será um grande trunfo para Thelma, viúva do ex-governador Dante, tirar proveito político e reforçar sua pré-candidatura à reeleição em detrimento de outras candidaturas.
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