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05 JULHO 2009
O pecuarista e prefeito de segundo mandato de Água Boa, Maurício Tonhá, o Maurição, se opõe à indicação do nome do deputado federal Wellington Fagundes para o comando estadual do PR, maior sigla no Estado com 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, 6 parlamentares na Assembleia e 2 deputados federais, além da cadeira de governador. Segundo ele, Fagundes está conduzindo as articulações de forma equivocada. Ele faz elogios à gestão do presidente Moisés Sachetti e evita lançar nomes para suceder o atual dirigente partidário. Maurição destaca que Sachetti "tem feito um bom trabalho" e segue orientação partidária e executa ações diferentes das demais legendas e segue a ótica da principal estrela dos republicanos, que é o governador Blairo Maggi.
O posicionamento de Maurição deve azedar ainda mais os conflitos internos. Fagundes se lançou pré-candidato a senador, a partir do recuo de Maggi. Agora, ele quer dominar o partido no Estado, mesmo sabendo que terá dificuldades para conciliar a agenda, já que precisa manter ativa a atividade parlamentar, reforçar a candidatura majoritária e ainda cuidar da demanda partidária, com reuniões nos municípios e com líderes de outras siglas em busca de composições para o arco de alianças.
"As coisas não podem ser feitas na base do afogadilho. O Sachetti tem feito um bom trabalho. Não podemos entrar na linha de criticar o comando do PR como faz a oposição. Se as coisas estão caminhando bem com a atual direção e há críticas é sinal de que alguns estão incomodados com o estilo diferente do partido trabalhar", destaca o prefeito de Água Boa. Ele descarta pretensão de concorrer a cargo proporcional em 2010. Se entrar no páreo, garante, será para governador. "Não tenho perfil de legislador. Me sinto bem no Executivo". Assim, admite disputa ao Palácio Paiaguás, mesmo sabendo que hoje não tem a mínima visibilidade eleitoral para tanto.
Questionado sobre a regra estabelecida pela bancada do PR na Assembleia, segundo a qual quem for candidato proporcional no pleito de 2010 não pode assumir a presidência estadual e nem o cargo de secretário-geral, Maurição observa que isso é uma discussão pequena. "Pode assumir, sim. O partido é o maior do Estado e não é do Blairo Maggi, nem dos seus 6 deputados estaduais, nem dos seus 2 federais, nem dos 33 prefeitos, enfim, de ninguém. Precisamos, sim, juntar forças. O Wellington pode vir a ser o presidente do PR e ele é uma grande liderança. Agora, não pode conduzir as coisas dessa maneira".
Maurição entende que pré-candidato proporcional, como o ex-deputado Emanuel Pinheiro, secretário-geral da legenda que está avaliando a ideia de disputar vaga na Assembleia, pode continuar na direção do partido, sem nenhum problema. Não vê privilégio nessa condição. "Isso não tem nada a ver. Esse tipo de discurso (de candidato proporcional não poder ocupar presidência ou a primeira-secretaria) é de quem olha só para o umbigo. Tem é que abrir espaço para quem alimenta pretensão política, vontade, coragem, histórico, determinação e habilidade para o diálogo".
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