RDNEWS
05 JULHO 2009
Mesmo em silêncio, a sociedade reage com indignção diante de notícias como a que revela prisão de oficiais da polícia, que custam caro ao Estado, por envolvimento em crimes contra a vida, contra a administração pública, contra o meio ambiente, além de grilagem de terras da União, corrupção, peculato, prevaricação, extorsão e ameaça. Mato Grosso ainda carrega fama do passado de terra do Faroeste. Quadrilhas como a que foi desbaratada pela Polícia Federal nesta sexta reforçam o temor da convivência num Estado com poder paralelo.
Quantos trabalhadores rurais não morreram na luta pela posse de terra nos grotões, principalmente no Nortão e Araguaia, regiões que mais sentem a ausência do poder público? Quantos grileiros não tiraram proveito econômico de áreas invadidas? Quantos latifundiários e empresários faturam altos até hoje com ações criminosas? Quantos policiais coagem, torturam e matam por dinheiro?
O coronel da reserva Adaildon Evaristo de Macedo, um dos presos por ligação com a quadrilha, foi comandante-geral da PM. Isso quer dizer que, por alguns meses, mais de 6 mil homens estiveram sob suas ordens. Não se quer dizer, com isso, que trata-se de um homem da alta patente que fez uma gestão desastrosa. O que está em discussão nesse momento é a investigação que veio à tona e o apontou como uma pessoa criminosa. A corporação reserva policiais dignos de vestir a farda e defender a sociedade, mas tem infiltrados, infelizmente, muitos bandidos. Com essas ações paralelas, o cidadão de bem não sabe a quem recorrer porque as instituições de um modo geral, por causa de alguns de seus integrantes mal intencionados, estão caindo no descrédito.
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