Deputado federal por cinco mandatos consecutivos, Fagundes já articula para a disputa majoritária na eleição do próximo ano
Deputado federal de quinto mandato, desde 1990, Wellington Fagundes (PR) admite que pode ser candidato ao Senado, depois da desistência do governador Blairo Maggi (PR) de disputar a vaga. O parlamentar prega a bandeira do municipalismo e a união da bancada federal na conquista de recursos junto ao governo Federal. Depois de quase 20 anos na Câmara Federal, o republicano avalia que Mato Grosso está mais integrado e tem condições de garantir avanços na economia agrícola, principal atividade do Estado.
Além disso, Fagundes se mostra simpático à candidatura do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) ao governo de Mato Grosso. Para isso, ele cita o bom desempenho dele na função de vice e sua lealdade ao governador em sua gestão.
Um dos principais articuladores de recursos junto ao Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) para construção e manutenção das rodovias federais, o deputado se mostra entusiasmado com alguns projetos como a construção da BR-158, no Vale do Araguaia, e a chegada da Ferronorte a Rondonópolis.
Ele também acredita na candidatura da ministra Dilma Rousseff na sucessão do presidente Lula e que com a participação do governador Blairo Maggi a petista será vitoriosa dentro do Estado.
Diário de Cuiabá – O senhor está no quinto mandato como deputado federal. Qual a avaliação que o senhor faz do Estado quando entrou na política e o Mato Grosso de hoje?
Wellington Fagundes – Eu já começo com uma diferença muito básica. Quando eu fui eleito em 1990, eu viajava pelo interior de Mato Grosso e a região norte e a região do Vale do Araguaia tinham um sentimento muito grande de divisionismo e o que as pessoas mais alegavam era o abandono e o isolamento, a falta de energia elétrica, falta de estradas. Então, hoje não se fala mais em dividir o Estado. A única região onde esse assunto ainda é tocado é o Vale do Araguaia e nós temos para lá um grande desafio: primeiro era a questão da energia elétrica, que no governo Lula já foi cumprido. Toda a região já está energizada através do programa Luz para Todos. O outro grande desafio são as estradas. A BR-158, que é fundamental para aquela região. O Araguaia tem milhões de hectares abertos e grande parte disso são áreas degradadas e que precisam ser recuperadas e tem uma característica de áreas planas, que podem contribuir muito para o desenvolvimento econômico do País. Então o cidadão que lá está isolado pode contribuir para a recuperação dessas áreas e ainda contribuir para a economia do Estado e do Brasil? Mas, pra isso tem os custos, já que o nosso Estado produz commodities, que são a soja, o arroz e o milho. E o frete acaba sendo o maior custo, chegando a 43% do valor vendido. Então, esse é o grande impedimento para a região crescer. Por isso que muitos acabam chamando aquela região de “Vale dos esquecidos”. Se o governo não estiver ali, então esse sentimento “divisionista” acaba sempre sendo tocado.
0 comentários:
Postar um comentário