Da Redação
25-Abril-2009
O prefeito cassado de Barão de Melgaço (113 km ao Sul de Cuiabá), Marcelo Ribeiro (PP), refutou, nesta sexta-feira (24), as denúncias de corrupção que teria sido praticada nos dois meses - janeiro e fevereiro - em que esteve no comando da máquina municipal, e de que teria deixado o caixa da municipalidade \"zerado\". As denúncias foram feitas pelo sucessor de Ribeiro, o radialista Antonio Torres (PSB), em nota distribuída à imprensa, nesta semana, sobre os resultados de uma auditoria que mandou fazer nas contas públicas.
Ribeiro disse que não é por culpa sua que o hospital municipal está interditado há nove meses pela Vigilância Sanitária. \"Esse hospital é inviável porque o município não tem condições de arcar com os custos\", disse, assinalando que, na sua gestão, fez funcionar o Pronto-Atendimento (casos de emergência). Os casos considerados mais graves, segundo ele, são encaminhados para Cuiabá. Disse, ainda, que viabilizou o funcionamento de dois PSFs na zona rural, por terem custos baratos, e contratou médicos e enfermeiros.
Para o progressista, Antonio Torres comete injustiça quando diz que o município está \"um verdadeiro caos, fruto de sucessivas administrações marcadas por improbidades administrativas\". Ele garante que, ao se afastar da prefeitura, em março - ele foi cassado no dia 27 de fevereiro -, deixou um montante de R$ 500 mil em caixa. Desse valor, R$ 140 mil serão destinados ao BarãoPrev (sistema previdenciário municipal).
Marcelo Ribeiro também negou que tenha deixado como herança uma conta telefônica no valor de R$ 140 mil. Segundo ele, esse débito é de administrações anteriores. Garantiu que, em vez de R$ 50 mil alegados por Torres, gastou R$ 20 mil com combustíveis, durante os dois meses em que esteve à frente da gestão municipal. Para ele, as denúncias de Torres teriam um objetivo: \"forçar a barra\" junto à Justiça Eleitoral, que analisa recursos contra a cassação do seu mandato.
Marcelo Ribeiro teve o mandato de prefeito de Barão de Melgaço cassado pelo juiz da 38ª Zona Eleitoral, Lídio Modesto Filho. Também foi cassado o vice de sua chapa, Lino da Silva Gonçalves (PTB), pela compra de votos. O prefeito responde a quatro processos pela prática de supostos crimes eleitorais. O que motivou a Justiça Eleitoral a cassá-lo traz o depoimento de 13 testemunhas, que confirmaram que houve negociação para vender o voto por meio de recebimentos de ticket-combustível ou dinheiro.
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