Fonte: Rd News
Por Romilson Dourado
14-Dez-2009
Wellington Fagundes, presidente regional do PR, começa a conspirar contra a pré-candidatura de Silval Barbosa (PMDB) ao Palácio Paiaguás, contrariando o governador Blairo Maggi. O deputado federal foi o grande ausente na convenção peemedebista no sábado e, sob orientação do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, se articula para levar o PR para os braços do empresário Mauro Mendes (PSB). Fagundes se reaproximou de Pagot por causa de sua forte ligação com o setor de transportes. Foi ele quem indicou Rui Barbosa Egual para o cargo de superintendente da 11ª Unit/Dnit em Mato Grosso.
Fernando Ordakowski Deputado Wellington Fagundes, presidente regional do PR, começa a esconder a pré-candidatura de Silval em detrimento da de Mauro Mendes, que foi para o PSB e tenta viabilizar a 3ª via na corrida ao Paiaguás
Embora não admita publicamente, Pagot se transformou num dos principais cabos eleitorais de Mendes, que deixou o PR e busca agora no PSB viabilizar candidatura a governador, como espécie de terceira via. A "costura" do ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Casa Civil e Educação tem deixado Maggi contrariado e de "orelhas em pé". Acontece que o governador faz campanha sistemática pela candidatura do seu vice Silval à sucessão estadual.
De Brasília e constantemente presente em Cuiabá, Pagot começa a influenciar os rumos do PR para 2010. Filiado ao partido, ele conseguiu cooptar logo o presidente estadual Wellington Fagundes. A primeira investida foi contornar com o parlamentar rusgas do passado. Assim que tomou posse no Dnit, Pagot cortou a influência que o deputado exercia junto ao Ministério dos Transportes e também na unidade de Mato Grosso, com sede em Cuiabá. Essa crise foi contornada. A estratégia é fritar Silval e levar o grupo da botina a apoiar Mendes.
Na convenção peemedebista que reforçou o nome do vice-governador à corrida sucessória, Fagundes escalou dois emissários para representar o PR, o ex-presidente Moisés Sachetti e o secretário-geral Emanuel Pinheiro. Preferiu nem se fazer presente. Fagundes busca o quinto mandato de federal. Ele conseguiu ganhar a presidência do partido, depois de uma jogada estratégica. Se lançou ao Senado e entrou na regra, segundo a qual filiado concorrente a cargo majoritário poderia comandar a legenda. Como já estava previsto, Maggi resolveu concorrer à senatória, o que levou Fagundes a desistir, reativar projeto à reeleição e, de quebra, ficar com a direção da maior agremiação partidária do Estado, com 33 prefeitos, 17 vices, 228 vereadores, cinco deputados estaduais e dois federais e mais a cadeira de governador.
O deputado tem feito elogios à figura de Mendes, que disputou e perdeu a Prefeitura de Cuiabá no ano passado, em detrimento da de Silval. Peemedebistas estão na bronca com isso, assim como membros da turma da botina mais próximos de Maggi. Assim como o prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio (PMDB) está mais para o tucano Wilson Santos, Fagundes está para Mendes. No fundo, ambos possuem algo em comum: rejeitam o nome de Silval para governador, mesmo contrariando orientação de seus partidos.
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