Quadrilha utilizava armamento do Exército para assaltos

Por Olhar Direto

Escrito por Texto e Fotos: Kelly Martins

08-Dez-2009

Armas de grosso calibre como fuzis, pistola-metralhadora israelense, metralhadora alemã, munições 9 e 556 milímetros, carregador de fuzil, um celular e um radiotransmissor eram utilizados pela quadrilha que assaltou o Banco do Brasil e o Bradesco de Paranatinga, localizada a 373 quilômetro de Cuiabá, no último dia 2 de dezembro. Os criminosos estavam muito bem preparados e fortemente armados com equipamentos do Exército, que nem a própria polícia consegue obter. “São armas de guerra, utilizadas principalmente em conflitos de guerra. Nem a própria Polícia Militar tem acesso a esse tipo de armamento”, declarou o coronel Campos Filho, Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, em coletiva hoje pela manhã.

O armamento foi apreendido dentro de uma caminhonete deixada pelos bandidos ontem, próximo a uma reserva indígena na região de Sapezal. Também foi encontrado o valor de R$ 704 mil em dinheiro, que estava embalado em sacolas plásticas no automóvel...

A polícia prendeu José Antonio Ferreira (36), um dos acusados pelo assalto, no momento em que tentava escapar juntamente com outros três. Ele é natural de Rondonópolis, mas mora em Vilhena (RO). Na segunda-feira (7), a PM trocou tiros com outros três suspeitos do assalto. Na fuga, eles abandonaram o restante do dinheiro. Policiais militares receberam informações de índios de que duas caminhonetes estavam escondidas na mata da reserva indígena, com quatro homens.

O acusado foi encaminhado nesta terça-feira para o Pascoal Ramos. Os outros três continuam foragidos. Conforme coronel Campos Filho, a quadrilha possui 12 integrantes.

No entanto, comemora o fato do dinheiro ser recuperado em quase na sua totalidade e ressalta que o efetivo da PM será reforçado no interior, no período de pagamentos de salários.

Além disso, informou que o cerco foi montado por toda a região em um trabalho conjunto com a Equipe de Inteligência dos estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

Assalto

Os criminosos chegaram por volta de 9 horas na agência em Paranatinga e atiraram contra a vidraça para entrar. O assalto durou cerca de 30 minutos e três funcionários foram levados como reféns, sendo libertados em pontos distintos da MT-020, rota utilizada para a fuga.