quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MP fiscaliza concurso para evitar sabotagem; OAB é incluída

Fonte: Rd News
Por Rd News
09-Dez-2009


Fernando Ordakowski

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Marcelo Ferra, procurador-geral de Justiça de MT, e Paulo Prado, do Gaeco, ajudam governo no concurso

Preocupado com informações de que algumas pessoas estariam atuando dentro da Universidade do Estado (Unemat) para sabotar o maior concurso público do país, que já fracassou na primeira tentativa de aplicação das provas, o governador Blairo Maggi pediu socorro ao procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Ferra, e ao coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Paulo Prado, que antecedeu Ferra na chefia do MPE. Numa reunião na Casa Civil na segunda (7), coordenada pelo secretário Eumar Novacki, e com presença dos também integrantes do primeiro escalão Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública) e Alexandre Maia (Casa Militar), Ferra e Prado se comprometeram a ajudar na realização do certame.

   Blairo Maggi já assinou o Decreto 2.280, com data desta terça (8), constituindo uma comissão para acompanhar todos os procedimentos do concurso. Vai nomear para isso 3 servidores do Estado. Da comissão farão parte um membro do MPE e um da OAB-MT. Foi sob a  coordenação do Gaeco, braço investigativo do MPE, que a Promotoria de Justiça de Cáceres conseguiu fazer busca e apreensão de computadores e documentos na residência de três pessoas ligadas à coordenação do concurso em 21 de novembro, um dia antes da aplicação das provas e, em seguida, da anulação do certame por falhas logísticas e "vazamento" de provas e gabaritos com resultado das respostas antes da hora.

   Com 271 mil candidatos inscritos para 10.086 vagas, o concurso será feito agora em duas etapas, uma em 31 de janeiro, com convocação de 65% dos concorrentes, e a outra em 21 de fevereiro com os demais 35%. O temor do Palácio Paiaguás é do concurso fracassar de novo, como foi da primeira vez, não mais por problemas de logística, mas por sabotagem. A preocupação aumentou ainda mais depois que recebeu informações de que, motivadas por questões político-eleitorais, algumas pessoas dentro da própria Unemat, responsável pela elaboração das provas, estariam se juntando para evitar êxito no certame e, assim, desestabilizar o governo. O setor de inteligência das polícias e o Gaeco começaram a agir para coibir esse tipo de crime.

    Toda equipe responsável pelo concurso foi substituída, inclusive a então coordenadora-geral Geysa Atala Curvo, professora da Unemat em Cáceres, onde está situada a sede da instituição. Ela está, inclusive, sob investigação. Um dia antes das provas, foram recolhidos computador e documentos em sua residência.

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