quinta-feira, 16 de abril de 2009

A tímida meta de comercializar 1009 animais está superada e 25 mil já estão nos currais


Mais de 25 mil machos e fêmeas de 140 lotes bovinos nos currais da Estância Bahia Leilões, em Água Boa, para o Mega Leilão que se realizará no próximo sábado. Esses números desafiam a crise que também assola a pecuária estadual.
Desde 2001, quando começou a ser realizado anualmente, o Mega Leilão de Água Boa (740 quilômetros a leste de Cuiabá) ganhou a chancela do Guinness Book, como maior evento mundial dessa natureza. Em oito anos, etapa por etapa, superou as marcas anteriores. Sua realização nessa semana é um duplo desafio enfrentado pelo seu dono e idealizador, o empresário e prefeito daquele município, Maurício Tonhá (PR).
O maior desafio enfrentado por Maurício Tonhá para manter o sucesso de seu evento, nesta edição, é a crise internacional. A região de Água Boa seguramente é a mais afetada pelo efeito dominó que fecha frigoríficos de bovinos em Mato Grosso. Plantas frigoríficas de grandes grupos baixaram as portas em Nova Xavantina, Canarana, Confresa e Vila Rica, na vizinhança do Mega Leilão.
“Os frigoríficos fechados requereram recuperação judicial, que nada mais é que o novo rótulo da moratória. Ou seja, empurram para dois, três anos a montanha de dívida que contraíram junto aos pecuaristas fornecedores, funcionários, fornecedores e o sistema tributário”. O pecuarista credor dos frigoríficos é o mesmo que arremata bezerros, bezerras, novilhas e garrotes na pista do Mega Leilão.

Evidentemente que o calote momentâneo dado por frigoríficos ao criador não atinge diretamente toda a cadeia dos pecuaristas. Também não quer dizer que o pecuarista que vendeu e não recebeu por seus bois de abate não tenha recursos e crédito para arrematar os lotes na pista do Mega Leilão que possam lhe interessar.
O outro desafio é o chamado inverno amazônico – época das chuvas na região – que compromete o transporte dos animais para o Mega Leilão e de lá para seus novos donos. “O inverno atrasou no (Vale do) Araguaia, e agora chove muito, mas estamos lutando juntamente com os pecuaristas para superar essa situação”, observa Maurício Tonhá.

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