sexta-feira, 17 de abril de 2009

Autoridade boliviana manda executar brasileiros

Agua Boa News
Após três dias de buscas, policiais bolivianos localizaram nesta quinta (16) seis cadáveres, supostamente de brasileiros, em estágio avançado de decomposição, em uma fazenda na zona rural de San Matias, na fronteira da Bolívia com o Brasil. Conforme informações da Polícia Federal, cinco corpos são de homens e um de mulher. A identificação só será possível com o exame da arcada dentária e DNA. A PF não confirmou, mas há informações de que os corpos sejam de pessoas que trabalhavam para o narcotráfico. Foi necessário um trator com escavadeira para cavar o local, que foi aterrado, e localizar os corpos.
O crime será investigado pela polícia boliviana, mas as autoridades brasileiras colocaram técnicos à disposição. Segundo informações da PF, a fazenda onde os corpos foram enterrados pertence a um brasileiro, mas ele não teria envolvimento com traficantes e com o crime. Conforme denúncia recebida pela Polícia Militar mato-grossense, em um dos postos do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), a chacina teria sido motivada pelo desvio de cerca de 100 quilos de cocaína a mando do irmão de uma autoridade do município de San Matias, apontado como chefe do tráfico na região. A denúncia foi feita por um homem que não teve a identidade revelada. Ele disse que resolveu fugir do país após ser informado da chacina.
Segundo a denúncia, até 11 pessoas estariam enterradas no local. O traficante informou, inclusive, que chegou a descarregar 500 quilos de cocaína para a autoridade municipal. O produto era distribuído em capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. A proximidade com a Bolívia faz com que os traficantes usem Mato Grosso, via Cáceres, como rota de escoamento da droga. Segundo o denunciante, levado para o Departamento da PF de Cáceres, outras pessoas conseguiram fugir, antes da chacina, para municípios próximos, como Cáceres, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos. Segundo informações da PF, uma vendedora de colchões, conhecida como Cleonice Gaúcha, também foi executada a tiros na região, mas não foi confirmado se o crime tem relação com a chacina dos supostos traficantes. (Andréa Haddad)

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