sexta-feira, 31 de julho de 2009

Wilson Santos Ganha o apoio de Jayme Campos para ser o Governador de MT.

Campinapolis News
Fernando Ordakowski-RD News
31-Julho-2009
Wilson Santos deve concorrer a governador, com apoio do ex-adversário Jayme Campos, cacique do DEM.


Seguindo orientação nacional para composição com o PSDB, o senador Jayme Campos, cacique do DEM (ex-PFL) deve levar o seu partido para os braços do prefeito de Cuiabá Wilson Santos, virtual candidato do tucanato à sucessão estadual. Essa aliança PSDB-DEM como bloco de oposição é ponto pacífico, tanto que Jayme já começa a se distanciar do grupo do governador Blairo Maggi (PR), contra o qual dispara críticas e cobra ruptura oficial. O que entra em discussão agora é se Santos, enquanto uma das vozes da oposição à turma da botina, ganha ou perde tendo o DEM no palanque.

Se de um lado, uns reforçam a tese de que o DEM consolidaria a candidatura tucana por estar presente nos municípios com boa base eleitoral e vários cargos eletivos, outros pensam diferente. Lembram que o hoje prefeito e o senador democrata foram adversários ferrenhos nas décadas de 80 e 90 e que isso apresenta resquícios negativos até hoje, ao ponto de provocar desgaste e perda de eleitores. Santos era deputado estadual e chegou a propor até CPI contra o então governador Jayme Campos, que comandou o Estado de 91 a 94. As feridas políticas não cicatrizaram.

Outra discussão é quanto ao perfil. De parlamentar pronto para a briga, tanto que era batizado de "Galinho", e inconsequente em suas declarações polêmicas, Wilson Santos se mostra hoje mais cauteloso e ponderado. Seu estilo diferencia do de Jayme Campos, apesar de ambos serem classificados como populistas e, em muitas casos, de atuarem com demagogia. A frase "volta ao passado com os Campos" começa a ser difundida pelo Estado afora, principalmente pela boca daqueles que integram a turma da botina, grupo do governador Maggi, que continua batendo cabeça sobre quem apoiar para o Palácio Paiaguás.

Os tucanos, que tentam recompor forças após conduzir o Estado por oito anos, sob Dante de Oliveira (já falecido), comemoram a possibilidade de terem o DEM como aliado mas, por outro lado, ficam temerosos quanto ao risco de receberem juntos o desgaste de um partido que ao menos na cúpula estadual abriga políticos em fim de carreira.

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