Por: Olhar Direto
30-Jul-2009
O clima esquentou no final da sessão da Câmara de Vereadores de Rondonópolis entre o final da tarde e o começo da noite desta quarta-feira. A confusão envolveu dois dos parlamentares líderes do Legislativo na cidade. Mohamed Zaher (PR), líder da bancada republicana na Câmara, e Lourisvaldo Manoel de Oliveira (PMDB), o Fulô, liderança do prefeito na Casa de Leis, se enfrentaram verbalmente e, após a pronúncia de várias palavras de baixo calão, foram acalmados por seus colegas parlamentares. Por muito pouco a discussão não acaba em pancadaria.
A discussão entre os dois parlamentares, que iniciou num tom moderado, mas logo se tornou mais acalorada, foi provocada por conta da rejeição ao requerimento nº 11/2009, de autoria da vereadora Mariúva Valentin Chaves (PMDB).
Na proposição, a parlamentar solicita ao prefeito José Carlos do Pátio (PMDB), no prazo regimental de 15 dias, o valor total dos repasses transferidos mensalmente para o Poder Legislativo de Rondonópolis. Requereu também a vereadora peemedebista que o presidente da Câmara de Vereadores, Hélio Pichioni (PR), apresentasse um relatório detalhado especificando como foram realizadas as despesas com o duodécimo.
O requerimento foi rejeitado por falta de quórum parlamentar, pois alguns vereadores já não estavam mais presentes na Casa. Mesmo assim, houve votação e Mohamed votou contra a proposta e Fulô não concordou com a atitude do colega, motivo que desencadeou a briga entre os parlamentares.
Após a discussão no plenário, Mohamed foi retirado pelos outros vereadores e levado para o gabinete da presidência da Câmara. O vereador chegou a se sentir mal. Fulô também se retirou e a sessão foi encerrada.
Outros vereadores como Milton Mutum (PR), Ananias Martins Filho (PR) e Hélio Pichioni, também apresentaram parecer contrário ao requerimento da vereadora Mariúva.
Versões
O vereador Mohamed disse que a discussão iniciou quando seu colega Fulô gritou que ele não deveria votar contra o requerimento, apontando o dedo em direção a sua cara. Mohamed então rebateu perguntando “Por que você está gritando comigo? Por que não grita com os outros que também votaram contra?”. Na opinião do republicano, cada um deve votar conforme sua consciência e não acha necessário um requerimento para ter acesso as contas da Casa.
Em entrevista ao Olhar Direto, Mohamed criticou Fulô dizendo que o líder do prefeito é "despreparado" e quer assumir tudo pra si. “Ele está totalmente despreparado, se acha o dono da verdade”, disse. O vereador também lamentou pelo episódio. “Eu lamento muito ter de baixar o nível porque eu não sou do nível dele”, acrescentou.
Fulô afirmou que Mohamed deveria ter aprovado o requerimento e que não vai abaixar a cabeça para o colega da oposição, a quem acusou de não ter respeito pelos outros. “Ele me xingou e eu xinguei também. Também sei ser mal criado quando são comigo. Ele tem que respeitar os outros”, argumentou.
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