Campinapolis News
RDNews
27-Julho-2009
Enquanto o DEM abriga vários políticos em fim de carreira e o PSDB se encontra esfacelado no Estado, o PR, maior sigla do Estado, bate cabeça por não possuir um pré-candidato a governador e isso vem desmotivando aqueles republicanos que estão dispostos a encarar candidaturas proporcionais. O único nome para a majoritária é do deputado federal Wellington Fagundes, que está de olho em uma das duas cadeiras a serem abertas no Senado nas urnas de 2010.
No próximo sábado, 1º de agosto, Fagundes assume o comando regional da legenda republicana. Substitui Moisés Sachetti, ex-chefe de Gabinete do governador Blairo Maggi. Sai um técnico, considerado xucro e sem habilidade política para entrar um político de carteirinha, que gosta de conversas de bastidores e que evita brigas. Assim, o partido de Maggi fica nas mãos de Fagundes, que presidiu por vários anos o extinto PL, que se fundiu com o Prona e deu origem ao Partido da República, hoje com 33 prefeitos e 17 vice no Estado, além de 228 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais.
O PR cresceu na sombra do PPS, que abrigava Maggi e sua turma da botina. Assim como acontece com os times de futebol profissional, ao menos a cada dois anos, as legendas sofrem altos e baixos. As que chegam ao poder, acabam "inchando", com novos filiados, a maioria interessada nas benesses. De outro lado, as agremiações derrotadas tentam se recompor. As debandadas só não acontecem neste período devido à regra pró-fidelidade, que freou o troca-troca devido ao risco de perda de mandato. Não fosse isso, o PR não teria hoje a maioria dos cargos eletivos em Mato Grosso.
Os partidos estão tão desgastados que não atraem mais jovens para a política. Assim, caciques continuam ditando as regras, como acontece no DEM - veja aqui. O PSDB que até 2002, sob Dante de Oliveira, comandava 55 prefeituras, hoje só tem 6. Desde que viveu a experiência com Carlos Bezerra governador, no final da década de 80, o PMDB gravita na sombra do poder, tanto que o vice-governador hoje é o peemedebista Silval Barbosa, que já lançou projeto à sucessão estadual. Com a força da máquina, o PR arregimentou aliados e agora, em fim de governo, padece devido à fraqueza da falta de lideranças capazes de sustentar projeto majoritário sustentável.
Os nomes constantemente citados pelo PR como virtuais candidatos a governador, como Sérgio Ricardo, Mauro Mendes, Adilton Sachetti e Maurício Tonhá, o Maurição, não vão a lugar nenhum. Nem eles próprios se aventuram. Sabem que é missão árdua defender um governo já com praticamente 8 anos à frente do Palácio Paiaguás. Com isso, mesmo capenga, o tucano Wilson Santos, apoiado nos bastidores pelo cacique Jayme Campos (DEM), começa a avistar a aproximação do cavalo, que tende a passar arreado. Restará ao prefeito da Capital montá-lo rumo ao Palácio Paiaguás. Pelo visto, ao PR restará montar na carupa da candidatura de Silval.
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