quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Acusada de tráfico, vereadora é mantida na prisão

Escrito por ANTONIELLE COSTA   
Qua, 25 de Novembro de 2009 20:20

O inquérito policial que investiga o envolvimento da vereadora Regiane Rodrigues de Freitas (PRP), em uma quadrilha que operava o tráfico de drogas na Região Norte do Estado, deverá ser concluído nesta semana, após realização de novos interrogatórios com os envolvidos.

O procedimento deveria ter sido concluído na semana passada. No entanto, em função da realização de novas diligências, o prazo teve que ser prorrogado. Dessa forma, a prisão temporária dos suspeitos também foi prorrogada por mais 30 dias.

Regiane está presa desde o dia 15 de outubro e cumpre a pena em uma sala no Corpo de Bombeiros, em Cuiabá, uma vez que legislação prevê a detenção em sala do Estado-Maior, por possuir graduação em Direito

Em entrevista ao MidiaNews, o delegado responsável pelo caso, Sérgio Ribeiro de Araújo, disse que solicitou a prorrogação do prazo, uma vez que precisa analisar as investigações, feitas em parceria com Gerência de Inteligência Policial (GIP) de Cuiabá, para que possa confrontar com o depoimento dos envolvidos.

"A documentação está comigo: são mais de mil páginas. Estou analisando para que possa inquirir os envolvidos novamente. Logo depois, irei relatar o inquérito e encaminhar ao Judiciário, possivelmente ainda nesta semana", afirmou Ribeiro.

No relatório final, será pedida a prisão preventiva dos envolvidos, que, além de tráfico de drogas, deverão ser indiciados por associação e financiamento ao tráfico.

Investigações
As investigações começaram em março deste ano, pela Delegacia da Polícia Civil de Colíder, juntamente com a Gerência de Inteligência Policial (GIP), de Cuiabá. Na operação, que ficou conhecida como "Tribuna do Pó", foram expedidos 14 pedidos de prisão temporária. Deste total, 11 foram cumpridos e três estão foragidos.

Segundo o delegado Araújo, a vereadora Regiane usava o cargo para auxiliar a quadrilha, conseguindo carros e passagens de ônibus para traficantes buscarem a droga na cidade de Cáceres (a 900 km de Colíder), que, por sua vez, era conduzida para Sorriso e distribuída para vários municípios da região Norte.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Regiane guardava o entorpecente em sua casa e, depois, o repassava para outro traficante, que entregava para "varejistas", responsáveis pela venda aos usuários e pelo abastecimento de pontos de distribuição. Além disso, a vereadora era usuária.

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