Farias reduz salário de 44 servidores e culpa Chaparral

Campinapolis News
Por RDNews
17-Julho-2009
O pecuarista e prefeito de Barra do Garças Wanderlei Farias (PR) ingressou na Justiça para reduzir o salário de 44 servidores da Educação. Argumenta que eles teriam sido privilegiados com mudanças de cargos na gestão do seu antecessor, o comunista Zózimo Chaparral. A denúncia-crime foi oferecida ao Ministério Público, que a acatou. O processo tramita na 4ª Vara Cível. O juiz Milton Pilegrinni concedeu antecipação de tutela da liminar para prefeitura. Com isso, servidores que recebiam em torno de R$ 1,4 mil, agora voltam a ganhar pouco mais de R$ 500.

No último dia 5, mesmo sob protesto dos servidores, o prefeito republicano reduziu salários de 22 dos 44 citados no processo. O vereador Odorico Cardoso, o Kiko (PT), e a direção da subsede do Sintep de Barra do Garças saíram em defesa dos funcionários. Afirmaram que é mais um ato perseguidor do prefeito ao adversário Chaparral e que acabou afetando até o funcionalismo público. Chaparral tentou a reeleição e levou uma surra de votos nas urnas de Farias.

Segundo Kiko, não houve irregularidade, pois os funcionários fizeram o programa de profissionalização municipal denominado Doragaras, semelhante ao Arara Azul desenvolvido pelo governo estadual. “Faltou conhecimento do juiz e do promotor das novidades sobre a profissionalização na Educação, tanto é que essa decisão deve cair em Cuiabá", acredita o parlamentar, em alusão ao recurso que será impetrado no Tribunal de Justiça. Mostrando um documento, Kiko afirmou que o Congresso Nacional está votando projeto que profissionaliza funções vinculadas à Educação.

O vereador petista disse que o Ministério Público não está tendo a mesma rapidez para apurar os atos do prefeito Wanderlei Farias que paralisou alguns programas sociais como Segundo Tempo(2,8 mil crianças), Esporte e Lazar (com 400 crianças) e o Parque Grimalda (Idosos), prejudicando o atendimento à comunidade. “O prefeito atual parou os programas sociais pra fazer asfalto na cidade e a gente não vê a mesma preocupação do MP e Judiciário de apurar tais fatos”. (Ronaldo Couto, de Barra do Garças)