Escrito por Janio Gomes

Ao longo do curso, os estudantes participam de programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão direcionados às suas comunidades de origem. Para a caloura de Enfermagem, Heliana Gomes Sereparan, 22 anos, da aldeia Nova Campina na Terra Indígena Parabubure, em Campinápolis/MT, o principal objetivo do curso escolhido é trabalhar em áreas indígenas. “É difícil ver uma pessoa da família passando dificuldade. Estou vendo a graduação como uma grande oportunidade para estudar e trabalhar”, conta a indígena Xavante.
Por meio do Programa de Inclusão de Estudantes Indígenas (Proind), a UFMT disponibilizou cem sobrevagas para indígenas nos Campus de Cuiabá, Médio Araguaia e Sinop, que deverão ser preenchidas até 2012, além das vagas regulares nos cursos de graduação. Sessenta candidatos indígenas participaram do vestibular em novembro de 2008 e vinte foram aprovados para ingresso em 2009, dos quais metade começarão em agosto.
Segundo a doutora em Antropologia e coordenadora do Proind, Carmen Lucia da Silva, o Programa é sustentado por 3 eixos: acesso, acompanhamento pedagógico e permanência. “Temos que criar condições para esses estudantes vencerem as dificuldades trazidas do ensino médio, então oferecemos monitoria em matérias específicas, extensiva a todos os alunos dos cursos, e equiparação de estudos em português, informática, química e metodologia da pesquisa”, explica a coordenadora.
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