Escrito por Romilson Dourado
O deputado Carlos Bezerra, que controla o PMDB no Estado há mais de uma década, nem menciona o nome do vice-governador Silval Barbosa como opção do partido para a corrida ao Palácio Paiaguás. Essa é uma sinalização de que o cacique tende a dificultar a pré-candidatura de Silval, principal responsável hoje por manter a agremiação peemedebista "no colo" do governador Blairo Maggi.
Perguntado no sábado, em entrevista, qual rumo o PMDB vai tomar para as eleições majoritárias de 2010, Bezerra adiantou que a tendência é optar por candidatura própria a governador e, em seguida, apontou quatro nomes, sendo eles dos prefeitos Zé do Pátio (Rondonópolis) e Juarez Costa (Sinop), da esposa Teté Bezerra e do seu próprio nome. Sobre Silval, único do PMDB que assume publicamente a pretensão de concorrer ao pleito, o dirigente estadual simplesmente o ignorou.
O plano de Bezerra por um projeto alternativo não deve passar de um balão de ensaio. Suas declarações são senha de que não está contente com a turma da botina, grupo ligado ao governador Maggi, que buscará uma cadeira de senador no próximo ano. Desde 2007 o deputado, na bronca com o Palácio Paiaguás, tenta ruptura política, mas acabou por desistir. Mesmo assim, mantém essa discussão na pauta. No fundo, Bezerra demonstra preocupação em perder mais espaço dentro do PMDB para Silval.
Nas últimas eleições, a legenda peemedebista tem participado como coadjuvante. Seu último governador foi o próprio Bezerra, na década de 1980. De lá para cá, ou compõe chapa como vice, como aconteceu com Silval em 2006 ou apoio nomes ao Paiaguás de outras siglas.
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