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16-Agosto-2009
O fechamento de 13 dos 32 frigoríficos no Estado culminou na demissão de milhares de funcionários e na desaceleração da economia de vários municípios. A crise dos abatedouros, que “atinge em cheio” os pecuaristas, foi destaque no programa Globo Rural, da TV Globo, deste domingo (16). Detentor do maior rebanho bovino do país, Mato Grosso amarga crise sem precedentes na pecuária. Um dos entrevistados, o pecuarista Valdemar Fernandes cobra o pagamento de R$ 69 mil, referente a uma venda de 80 vacas ao frigorífico Independência, localizado em Pontes de Lacerda (a 500 km de Cuiabá). A empresa foi aberta em dezembro e fechou as portas, deixando de abater diariamente 1,2 mil animais. "Eles dizem que vão pagar, mas nunca pagam", reclama.
A situação é crítica. No mês passado funcionários do frigorífico Quatro Marcos, em Vila Rica, se uniram aos fazendeiros para protestar contra a falta de pagamento. Em Nova Xavantina, o grupo Independência que ainda tocava o frigorífico em Confresa e em Pontes Lacerda, citado na reportagem, fechou e carregou os equipamentos da unidade, provocando desemprego de 500 pessoas – saiba mais aqui.
“A gente contava com o salário e até com a cesta básica que vinha. A situação está complicada”, lamenta Hélio Araújo, ex-funcionário do Independência. O frigorífico Arantes, em Pontes de Lacerda, também fechou as portas no começo do ano, demitiu funcionários e, agora, funciona parcialmente com abate duas vezes por semana. O Independência e o Arantes já ingressaram com processo de recuperação judicial para renegociar as dívidas. O Arantes ainda não divulgou o seu plano de pagamento. Já o Independente apresentou uma proposta que engloba as 14 unidades do grupo.
Segundo a planilha, as dívidas até R$ 80 mil seriam pagas em 30 dias. Os outros débitos seriam quitados em 36 parcelas, mas, para isso, a empresa aguarda a obtenção de um financiamento de R$ 330 milhões. “É um plano sem pé nem cabeça que pretende iludir os pecuaristas”, reage o presidente da Comissão de Renegociação das dívidas, Marcos Rosa. A crise dos frigoríficos repercutem nos demais setores, levando até o comércio a demitir funcionários. (Patrícia Sanches)
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Clique no play e veja reportagem no Globo Rural deste domingo
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