Por: RDNews
21-Mar-2009
Uma lista disponibilizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que a arrecadação própria de alguns municípios mato-grossenses com IPTU, ISSQN, IRRF, ITBI e outras taxas e contribuições não é suficiente para pagar salário dos prefeitos, vices e vereadores. Em Ponte Branca (a 440 km de Cuiabá), município com menos de 2 mil habitantes, os vencimentos do Executivo e do Legislativo consomem nada menos que 206% da arrecadação própria. Nesse caso, o município acaba ficando "refém" de verbas estaduais e federais para honrar despesas e manter serviços essenciais. Foram necessários alguns dias para o Tribunal, sob o conselheiro Antonio Joaquim, concluir o levantamento referentes ao exercício de 2007 com todos os 141 municípios. Os dados de 2008 ficam prontos em abril deste ano. Com a nova gestão, vários salários já foram alterados.
Em Nova Nazaré (a 802 km da Capital), a situação é bem parecida. A folha de pagamento do prefeito, vice e dos vereadores consome 173% da arrecadação, assim como em Rondolândia. Em São Pedro da Cipa, os salários chegam a "abocanhar" 125% da arrecadação.
Na contramão destes municípios, existem outros onde a folha salarial do Executivo e do Legislativo é praticamente irrisória diante da arrecadação dos tributos próprios. Cuiabá lidera neste quesito, apesar de ser um dos municípios onde os salários do prefeito e dos parlamentares figura entre os maiores, acima de R$ 9 mil. A folha de pagamento de Wilson Santos (PSDB), Chico Galindo (PDT) e dos 19 vereadores consome apenas 1,2% da receita própria. Na segunda maior cidade do Estado, Várzea Grande, o prefeito Murilo Domingos, o vice Tião da Zaeli e os 13 vereadores consomem 3,1% da receita própria. Já em Rondonópolis, Zé do Pátio, Marília Salles e os parlamentares ficam com 2,3% da arrecadação.
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