CASAS POPULARES

Campinápolinews
Bancada dividida com programa de Lula

Senadores Jayme Campos e Gilberto Goellner, ambos do
Democratas, questionam o projeto habitacional lançado pela
União; Serys defende

Os senadores da bancada mato-grossense estão divididos quanto à proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de construir um milhão de casas populares até dezembro de 2010. A ala democrata que compõe o bloco de oposição criticou a pretensão do governo federal. O senador Jayme Campos (DEM) declarou que não está convencido da capacidade de execução do programa alegando que deveria ser dada atenção especial para a regularização fundiária.

Já o senador Gilberto Goellner, também do DEM, se diz preocupado e afirma que o programa social não pode deixar de atender às necessidades de moradia dos cidadãos dos pequenos povoados, vilas e distritos do país. Para Goellner, o meio rural não pode ser esquecido pelo programa.

O programa habitacional 'Minha Casa, Minha Vida' lançado na quarta-feira (25), pretende usar R$ 34 bilhões dos cofres públicos para contemplar famílias com renda mensal de até dez salários mínimos (R$ 4.650).

A dupla democrata manifestou seu descrédito ontem durante a reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado. Ambos defendem a proposta da Comissão de fazer uma audiência pública para discutir o programa habitacional que vendo sendo defendido pela ala governista sob o argumento de que se trata de uma reação para amenizar os efeitos da crise econômica global em termos de emprego e atividade econômica.

A ala ‘pró-Lula’ defende que o programa social também servirá para reduzir o déficit imobiliário do Brasil que, segundo dados da Casa Civil, chega a 7,2 milhões de moradias. Para a senadora Serys Slhessarenko (PT), o lançamento do programa inicia uma nova fase porque os financiamentos poderão ser liberados em nome das mulheres, o que antes não acontecia do país. Serys lembrou que até o momento apenas os homens eram os titulares dos contratos de empréstimo para compra de moradia.

A posição da petista foi defendida pelo senador Paulo Duque (PMDB-RJ). "Não adianta ficar criticando e começar um programa dessa natureza com negativismo. É preciso começar de alguma maneira e eu estou torcendo para que esse programa dê certo" declara. (Com Agência Senado).