quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Abicalil fecha suplências no PT e Maggi avisa que escolha será pessoal; Bezerra já se irrita

Fonte: Rd News
Por Romilson Dourado
07-Jan-2009

Líderes políticos do PMDB, PR e PT, que devem se juntar em torno da candidatura do peemedebista Silval Barbosa a governador, começam a divergir sobre as regras e critérios para escolha dos suplentes que farão parte das chapas ao Senado. Como vão estar em jogo nas urnas de outubro dois terços da representação mato-grossense no Congresso Nacional, com vencimento dos mandatos de Serys Marly (PT) e de Gilberto Goellner (DEM), cada grupo político e/ou coligação deve lançar duas chapas ao Senado, com dois suplentes, totalizando seis pessoas.

    As divergências na primeira conversa de cúpula sobre o assunto dão sinais de que as indicações de suplentes não serão nada fáceis para se chegar ao consenso. No mês passado, o governador Blairo Maggi aproveitou sua agenda em Brasília e se reuniu com os deputados Wellington Fagundes e Homero Pereira (ambos do PR), Carlos Abicalil (PT) e Carlos Bezerra (PMDB). O encontro foi no gabinete de Fagundes. Eles discutiram sobre chapas ao Senado. Maggi e Abicalil se colocaram como pré-candidatos.

    O petista foi perguntado sobre como seriam escolhidos os seus dois suplentes. Abicalil jogou a discussão para o PT, do qual é presidente estadual. Disse que "nessa questão, o partido é complicado, que a base é radical e que a tendência seria de haver definição por chapa pura", a exemplo do que aconteceu com a candidatura em 2002 da hoje senadora Serys Marly, que tem os petistas Wanderlei Pignati e Orency Francisco como primeiro e segundo suplentes, respectivamente. Abicalil ainda tem o obstáculo de, internamente, enfrentar Serys pelo direito à disputa ao Senado, já que a parlamentar não abre mão do projeto à reeleição.

    Já frustrado com a resposta de Abicalil, que não deu esperanças de outros partidos indicarem suplentes, Carlos Bezerra, que comanda o PMDB regional há mais de 15 anos, perguntou a Maggi como seria a composição de sua chapa. O governador disse que deveria ser "escolha pessoal". O cacique ficou na bronca. Disse que Maggi estava querendo imitar Dante de Oliveira (já falecido), que escolheu para suplentes ao Senado em 2002 Carlos Avalone e Eraí Maggi e acabou derrotado nas urnas. "Esse negócio de escolha pessoal, sem abrir espaço para os partidos do arco de alianças indicar nomes, é algo muito perigoso. Olha o que aconteceu com Dante!", alertou Bezerra. Por fim, o presidente do PMDB apressou o fim da reunião, ao dizer que, como nem Abicalil e nem Maggi abrem espaço para indicações de suplentes, não haveria motivo para se falar em amplo arco de alianças e muito menos para se encontrar para debater o assunto.

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