Campinapolis News
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06-Agosto-2009
Ao som de "Se Gritar Pega Ladrão", do mestre Bezerra da Silva, o chão da Câmara Municipal de Cuiabá foi lavado com sabão e mais de 8 mil litros de água, nesta quinta (6). A manisfestação, organizada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), contou também com apoio de estudantes de escolas públicas, OAB, MST, Sindicato dos Jornalistas, Sintep, que congrega os profissionais da educação, Ong Moral e outros movimentos.
Enquanto isso, a sesão ordinária começou sob clima tenso. Lutero Ponce (PMDB), acusado de promover um rombo de mais de R$ 7 milhões enquanto presidiu o Legislativo cuiabano, entre 2007 e 2008, pediu 10 minutos para se pronunciar. Seu discurso foi interrompido três vezes por causa das vaias. Lutero e o presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), trocaram farpas. Como espécie de alerta e sinais de pedido de socorro de aliados, Lutero, a todo instante do discurso, citava nomes de alguns vereadores, como do petista Lúdio Cabral e do republicano Francisco Vuolo.
Nervoso com a postura de Deucimar de, um dia antes, exibir uma gaiola recebida do MCCE, em sinal de protesto pelos casos de corrupção na Câmara, Lutero Ponce começou a atacar o presidente. Deucimar reagiu: "Eu não sou chamado de quadrilheiro, como o senhor!". Em seguida, Deucimar emendou, com um questionamento a Lutero: "Foi o senhor ou a Chica Nunes quem vendeu as ações da Câmara (se referino à negociação da conta oficial do Legislativo) por R$ 300 mil?". Neste momento, venceu o tempo de Lutero. Para ajudá-lo a dar resposta da tribuna, o vereador Chico 2000 (PR) cedeu mais 10 minutos para o ex-presidente da Câmara responder o questionamento.
A sessão segue sob clima tenso, com as galerias lotadas. A Mesa Diretora pretende colocar em votação o relatório que pede a cassação do vereador Ralf Leite (PRTB) por quebra de decoro parlamentar. Também será votado pedido de abertura de Comissão Processante contra Lutero. Assim como o ex-presidente da Câmara, Ralf se faz presente à sessão. Com olhar curioso, ele se mostra calmo, com papéis na mão e isolado. (Lisânia Ghisi, Patrícia Sanches e Romilson Dourado).
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