sábado, 8 de agosto de 2009

3 ex-deputados e 19 prefeitos de MT são indiciados

Campinapolis News
Rd News
08-Agosto-2009
A Polícia Federal informou nesta sexta (7) o balanço da Operação Sanguessuga, deflagrada em 2006 para identificar os responsáveis pelo desvio de recursos públicos destinados à área da saúde mediante superfaturamento de processos licitatórios para aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares. Segundo informações da Justiça Federal, das denúncias formalizadas, já foram expedidas 17 sentenças. Outras 211 ações ainda estão em tramitação. Ao todo, foram instaurados 136 inquéritos, sendo 28 foram concluídos. O número de indiciados chega a 458, entre eles 33 ex-parlamentares e 71 ex-prefeitos.

De Mato Grosso, foram denunciados três ex-deputados federais, sendo eles Lino Rossi (PP), Ricarte de Freitas (PTB) e Celcita Pinheiro (DEM). Rossi está fora da vida pública. Atua como radialista. Ricarte, que morava em Sinop, agora é consultor em Brasília. Celcita cuida da área social da Prefeitura de Cuiabá.

Vários ex-prefeitos entram na lista da chamada mágia das sanguessugas. São eles: Lutero Siqueira (Guarantã do Norte), Luiz Cândido de Oliveira (Terra Nova do Norte), Geovane Marchetto (Marcelândia), Olídio Bortolas (Santa Carmem), Antonio Debastiani (Feliz Natal), Ezequiel Ângelo da Fonseca (Reserva Cabaçal), Jesur Cassol (Campo Novo dos Parecis), José Miguel (Rio Branco), Nelci Capitani (Colniza), Roberto Barbosa (Glória D´Oeste), Lourival Carrasco (Mirassol D´Oeste), Denir Perin (Querência), Valdizete Nogueira (Jaciara), Marcelo Alonso ( Nova Maringá), Ismael dos Santos (Planalto da Serra), Nelson de Moraes (Pedra Preta), Francelino da Silva Filho, o Francinha (Guiratinga), Onéscimo Prati (Campo Verde) e Antonio da Paixão, o Padre Antonino (São José do Povo).

A Operação Sanguessuga foi deflagrada em 4 de maio de 2006. À época, 48 pessoas foram presas, incluindo assessores, parlamentares e empresários. O esquema era comandado pelos empresários Darci Vedoin e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho proprietários da empresa Planam, com sede no Distrito Industrial em Cuiabá. Entre 2001 e 2006, o grupo teria vendido mais de mil ambulâncias para prefeituras e entidades filantrópicas por meio de emendas parlamentares, totalizando R$ 110 milhões. Nesse esquema, parlamentares teriam recebido propina, segundo aponta a PF. (Andréa Haddad)

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