Fonte: Rd News
Por Rd News
03-Dez-2009
Vinte anos depois, os irmãos Jayme e Júlio Campos querem repetir em 2010 uma "dobradinha familiar" nas urnas, assim como fizeram em 1990, quando concorreram e ganharam para governador e senador, respectivamente. Mesmo com mandato de senador até 2014, Jayme não se vê por contente. Quer voltar à cadeira de governador. Já foi prefeito de Várzea Grande três vezes (duas consecutivas). O irmão Júlio desta vez concorrerá a deputado federal. É outro que acumula diversos cargos eletivos, como de prefeito, de governador, de federal e senador e, de quebra, antecipou a aposentadoria de conselheiro do TCE para concorrer a prefeito de Várzea Grande. Foi derrotado.
Fernando Ordakowski
Júlio e Jayme Campos, eleitos, respectivamente, senador e governador em 90, disputam de novo em 2010
Júlio e Jayme Campos, eleitos, respectivamente, senador e governador em 90, disputam de novo em 2010
Jayme e Júlio foram governador e senador, respectivamente, numa época em que Mato Grosso, mesmo pós-divisão territorial, era completamente diferente em todos os aspectos. A maioria da população dependia do serviço público e se via refém dos coronéis políticos, que ditavam as regras explorando o empreguismo e o clientelismo. Numa época em que ninguém nem sonhava com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que veio a ser implantada praticamente na década de 2000 para controlar os gastos públicos, os gestores inchavam a máquina com nomeação de cabos eleitorais na estrutura do governo, que contava com diversos órgãos, empresas e autarquias e que hoje estão extintas, como Lemat, Casemat, Bemat e Ipemat.
Naquele pleito de 90, Jayme conquistou o Paiaguás numa disputa eleitoral contra o economista Agripino Bonilha Filho (PMDB), hoje um dos diretores da recém-criada Agecopa, e contra o petista Luiz Scaloppe, procurador de Justiça do Estado. Júlio garantiu vaga no Senado num embate contra Carlos Bezerra (PMDB), hoje deputado federal.
Os irmãos Campos acompanharam a extinção de seus dois partidos (PDS e PFL) e, mesmo assim, continuam na ativa no Democratas. O discurso e o estilo são os mesmos. Já Mato Grosso é outro, com a economia movida pelo agronegócio, com a tecnologia e com eleitorado mais crítico e consciente.
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