Campinapolis News
Por Edilson Almeida e José Ribamar
17-Junho-2009

A Polícia Federal não deu detalhes se Bihl seria o diretor do grupo econômico com sede em Mato Grosso apontado como responsável pelo pagamento de propinas a servidores públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, Banco da Amazônia, Ministério da Integração Nacional e Agência Nacional da Energia Elétrica. Funcionários da PF revelaram, por outro lado, que não há funcionários da Secretaria Estadual de Meio Ambiente envolvidos no esquema.
Os frigoríficos JBS e Margen também estão entre as empresas que teriam sido favorecidas por funcionários públicos em um esquema investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Rondônia. Entre os crimes que estariam sendo investigados estão formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e subtração ou inutilização de documentos públicos.
José e Ricardo Bihl comandam o Grupo Redenção, que havia entrado com um pedido de recuperação conjunto para suas nove companhias controladas, a Agropecuária Malp Administração e Participações, Curtume Araputanga, Curtume Jangadas, Frigorífico Araputanga, Frigorífico Redentor, Redenção - Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Couros, Agropecuária Serra Azul, Curitiba Agropecuária Indústria e Comércio e J.P.M.B. Indústria e Comércio. As dívidas totais do grupo somam cerca de R$ 60 milhões, ante um faturamento conjunto que alcançou cerca de R$ 100 milhões. Todas as operações do grupo, sempre ligadas à carne bovina, a principal atualmente envolve os curtumes. São duas unidades nesta frente, localizadas nos municípios de Jangada e Araputanga, em Mato Grosso.
No caso do Frigorífico Araputanga, uma das nove empresas controladas, está em discussão na Justiça um impasse que se seguiu ao arrendamento da unidade no município ao JBS-Friboi, em 2001. A disputa entre o JBS e o Redenção (na época o frigorífico em questão era chamado de Frigoara) se arrasta desde 2002. Na briga pelo controle da unidade, afirma Emerenciano, o Grupo Redenção pleiteia o pagamento de R$ 150 milhões. Esta disputa judicial veio à tona após suspeitas - não comprovadas - de que o conglomerado teria cometido fraude na obtenção de recursos da Sudam para seus planos de expansão.
José Bihl chegou a ser acusado de crime de falsidade ideológica, está respondendo a inquérito policial em duas cidades diferentes -- um Araputanga e o outro em Várzea Grande, ambas em Mato Grosso. Em dezembro de 2006, o Conselho Deliberativo do Fundo Emergencial da Febre Aftosa de Mato Grosso (Fefa/MT) agraciou Bihl com o título de Honra ao Mérito em reconhecimento aos relevantes serviços prestados no combate à febre aftosa no rebanho mato-grossense quando conselheiro do Fefa/MT.
0 comentários:
Postar um comentário