segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não fosse o Fethab, governo Maggi não existiria, diz Maluf

Fonte: Rd News
Escrito por Rd News
17-Nov-2009


Guilherme Maluf discursa, ao lado dos colegas deputados Chica Nunes, José Domingos e Dilceu Dal Bosco; na mesa estão ainda o senador Jayme Campos, o prefeito Santos e o ex-prefeito sinopense Nilson Leitão

O empresário e médico Guilherme Maluf, único deputado do PSDB na Assembleia, afirmou que, se não fosse o Fethab, instituído em 2002 pelo governo Dante de Oliveira, "os feitos da administração Blairo Maggi não existiriam hoje". Segundo ele, são com recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação que a atual gestão se gaba de ter construído cerca de 2,9 mil km de pavimentação asfáltica e ter estabelecer como meta do mandato a viabilidade de 61,9 mil casas populares. "O asfalto e as casas são construídos com dinheiro do Fethab. Quanto ao restante, como saúde, educação e segurança pública, não se vê investimentos. Tudo ficou para segundo plano. Maggi tinha de agradecer o governo Dante, que deixou a casa arrumada".

Maluf reforçou esse posicionamento no encontro suprapartidário do PSDB e DEM em Sinop, no último sábado. Foi um dos que discursaram para cerca de mil pessoas. Segundo o deputado, não se pode desprezar lideranças que ajudaram a construir a estrutura do Estado e lembrou dos oito anos do governo Dante (1995/2002), para quem, na avaliação de Maluf, concedeu uma série de incentivos fiscais para atrair indústrias e levar desenvolvimento a regiões, entre elas o Nortão. Lembrou dos programas Pró-Soja e Pró-Madeira. "Era só pró e nesse aqui (no governo Maggi) é só corte".  De acordo com o deputado tucano, os linhões que avançaram Nortão foram construídos pelo governo federal, mas com participação decisiva de Dante e FHC. "Mato Grosso vivia no escuro. Quando era 10 horas da noite, acabava energia, principalmente aqui no Norte e aí tinha que recorrer a motores e geradores, mas isso no caso de quem tinha condições financeiras. Dante resolveu essa questão do déficit energético antes de sair do goverrno".

Na mesa, acompanharam o discurso do tucano os ex-governadores e irmãos Júlio e Jayme Campos, caciques políticos do DEM, que surgiu com o fim do PFL, partido no qual Maluf iniciou a militância como vereador por Cuiabá. Estavam presentes também o prefeito cuiabano e virtual candidato do PSDB à sucessão estadual Wilson Santos e o senador Osvaldo Sobrinho (PTB), deputados estaduais e vários pré-candidatos proporcionais. Segundo Maluf, o governo só prioriza alguns setores, como o agronegócio e prefere mirar o discurso na moratória da carne e ainda se mostra omisso diante do decreto do presidente Lula que proíbe ampliação da área de cultivo da cana-de-açúcar na Amazônia e Pantanal, prejudicando regiões como Médio-Norte, Nortão e Araguaia. Lembrou que Maggi adquiriu a Plantações Michelin em Mato Grosso e, por interesses pessoais, passou a incentivar os pequenos produtores a plantarem seringueiras.

Guilherme Maluf lembrou ainda, no discurso de situações que considera dramáticas para os municípios, como a saúde pública. Em Sinop, segundo ele, o hospital regional está paralisado. Enquanto isso, lamenta o parlamentar, milhares de pessoas se vêem obrigadas até a se deslocar a Cuiabá, com 500 km de distânca, em busca de socorro médico. Maluf só não falou que na capital mato-grossense o caos sob o tucanato também está estabelecido na área da saúde. Ele preferiu sair em defesa da gestão Wilson Santos. Diz que o prefeito sofre críticas por causa da grande demanda e da incompetência do governo estadual nesse setor.

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