segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Políticos sob desgaste "puxam" pré-candidatos para baixo

Campinapolis News
Fonte: Rd News

19-Out-2009


Os principais partidos no Estado mantêm em seus quadros lideranças que, em período de pré-campanha, se transformam num paradoxo para as candidaturas majoritárias. De um lado apresentam uma certa representatividade política, mas, de outro, são sinônimos de desgaste na ótica de eleitores tidos como formadores de opinião, seja por atuar na vida pública há vários anos, seja pelo perfil populista, demagogo e/ou por envolvimento em escândalos.

  Fernando Ordakowski
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O polêmico ex-senador Antero de Barros mais atrapalha do que ajuda o tucano Wilson Santos na corrida ao Palácio Paiaguás, assim como o cacique peemedebista Carlos Bezerra em relação ao vice Silval Barbosa

   Assim como hoje no PMDB, o cacique e deputado federal Carlos Bezerra "puxa" para baixo a pré-candidatura a governador de Silval Barbosa, no PSDB o ex-senador Antero de Barros também se torna obstáculo para Wilson Santos ampliar as alianças e conquistar mais simpatizantes a seu projeto majoritário.

Bezerra acumula mais de 30 anos de vida pública. Já exerceu mandatos de deputado estadual e federal, de prefeito de Rondonópolis por dois mandatos, de senador e de governador. Conseguiu, "na marra", garantir cadeira na Câmara em 2006, após mais de uma década em que havia exercido o mandato de federal. Ao mesmo tempo em que admite que o PMDB compõe a base da gestão Blairo Maggi, Bezerra dispara críticas à administração, que tem o seu colega de partido como vice-governador e pré-candidato ao Paiaguás. Defende que as decisões partidárias saiam das bases, mas é ele próprio quem dita as regras a partir de acerto de cúpulas e não permite surgimento de novas lideranças. Essa prática tem deixado Silval numa saia-justa.

   Antero é polêmico. Trata-se de um político que costuma disparar acusações para todo lado. Em época de campanha vive com dossiês debaixo do braço para "detonar" adversários. Analistas consideram que esse perfil mais desagrega do que aglutina aliados para o tucano Wilson Santos. O prefeito cuiabano, por outro lado, mesmo que tenha enfrentado divergências internas com ex-senador, se vê na condição de refém e, ao mesmo tempo, se mostra grato pelas intervenções do ex-parlamentar, afinal foram as jogadas polêmicas e de marketing de Antero que ajudaram Santos a conquistar o Palácio Alencastro.

  No DEM, que ensaia projeto ao governo com Jayme Campos, os deputados estaduais Chica Nunes (ex-PSDB) e Gilmar Fabris também trazem desgaste para o cacique democrata. Ambos são envolvidos em vários escândalos. O PP agrega políticos, como José Riva e Pedro Henry, que são campeões de votos mas, de outro lado, respondem a processos e, nos principais pólos e junto aos formadores de opinião, não contam com tanto respaldo popular. No recém-fundado PR do governador Maggi há figuras que também enfrentam rejeição na vida pública, como o diretor-geral do Dnit e ex-secretário de Estado, Luiz Antonio Pagot.

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