DA Redação
No melhor estilo "Galinho do Baú", o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), declarou "guerra" ao Governo do Estado, nesta quinta-feira (2), em entrevista coletiva, no Palácio Alencastro.
No melhor estilo "Galinho do Baú", o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), declarou "guerra" ao Governo do Estado, nesta quinta-feira (2), em entrevista coletiva, no Palácio Alencastro.
O tucano posou de vítima e chamou para si a responsabilidade pelas obras do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) da Capital. Ele também praticamente descartou a atuação da administração estadual no processo de andamento das obras do programa federal.
Em ataque direto ao Governo Blairo Maggi, Wilson Santos afirma que saiu da "alça de mira" (oficial R2 do Exército Brasileiro, ele usou o termo militar para afirmar que esta sendo vítima de ataques) e iniciou os ataques, principalmente ao secretário estadual de Infraestrutura, Vilceu Marcheti.
"Ele [Vilceu] não abriu a boca para defender Cuiabá durante duas horas de reunião [em Brasília, na quarta-feira], mas, para fazer fofoca e mentir para sociedade, ele é recordista. Esse moço deveria estar é no Guinnes Book", atacou.Santos informou que a atitude do secretário Vilceu, apontada como "contaminadoras das informações referentes ao PAC", o levou a ligar para o governador Blairo Maggi (PR), para que tomasse alguma posição sobre o assunto.
"Pedi para o governador enquadrar o Vilceu, mas parece que a coisa piorou. Quero não acreditar que esse comportamento seja direcionado pelo governador, pois Cuiabá não merece isso", afirmou."Muitos trabalham para carimbar a imagem da prefeitura como incompetente e desonesta, mas isso não vai acontecer", disse Santos, ao comemorar os resultados da última reunião com técnicos da Controladoria Geral da União (CGU), realizada em Brasília.
Ele assumiu uma posição de independência e garantiu que todos os problemas apontados pela CGU - total de 11 tópicos - serão sanados nos próximos 30 dias.O prefeito afirmou que pouco fez o Governo do Estado para reverter a situação junto a CGU, que, inicialmente, apontou 40 irregularidades no andamento do PAC da Capital, onde, entre os dias 13 a 20 de março, conseguiram reduzir consideravelmente esses números.
"Agora, a coisa vai andar, ficou definido nessa reunião decisiva que tudo será tratado diretamente entre prefeitura e Ministério da Cidade. E já até falei com o ministro Márcio Fortes", disse, descartando o interveniência do Governo do Estado.Wilson Santos afirmou que a manutenção da prefeitura no gerenciamento das obras do PAC deixou a administração estadual em uma situação de descontentamento e que Cuiabá foi envolvida politicamente nas questões técnicas.
"O relatório feito em Cuiabá foi criterioso, tocado à base de lupa e isso só foi feito na Capital, não utilizando o mesmo critério em outras cidades de Mato Grosso, como Várzea Grande e Rondonópolis", destacou.
Relatório e nota da CGU:
Apesar do discurso de Santos, as obras continuam com irregularidades graves. A própria CGU, através de nota em seu site, saliente, no entanto, que não há risco de Cuiabá perder o PAC. "A CGU esclarece que não fez qualquer recomendação que implicasse em paralisação das obras ou em interrupção do fluxo de recursos a elas destinados", diz a nota.
"A nota emitida pela CGU é justa. A controladoria fez um pente fino no PAC em Cuiabá, encontrou erros, mas todos sanáveis e cometidos por questões burocráticas, e não através de dolo ou má-fé. Em trinta dias resolveremos todas essas pendências", disse Santos.
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