sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Maggi antecipa renuncia e tem só mais 4 meses de mandato

Campinapolis News
Por Romilson Dourado - Rd News
16-Out-2009


Blairo Maggi (PR) está tão determinado a concorrer ao Senado que renunciará ao mandato de governador entre janeiro e fevereiro, dois meses antes do prazo-limite para desincompatibilização. Ele já fez o comunicado aos principais assessores e ao seu vice Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato ao Palácio Paiaguás. O peemedebista fica com o privilégio de concluir 10 meses da gestão e, de quebra, com o trunfo de concorrer às eleições gerais com a máquina a seu favor, uma estrutura que representa R$ 7,7 bilhões de orçamento distribuídos em 22 secretarias, órgãos e autarquias vinculados e que, juntos, empregam quase 100 mil servidores.

  Fernando Ordakowski
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Blairo Maggi e a 1ª dama e secretária Terezinha entram na contagem regressiva para deixar o Paiaguás

   Com Maggi sai praticamente todos os secretários. Daqui a quatro meses eles vão colocar os cargos à disposição para deixar Silval mais à vontade quanto a redefinição da equipe do primeiro escalão, principalmente a primeira-dama Terezinha Maggi, secretário de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social. Por enquanto, o governador mantém internamente o compromisso de deixar o Paiaguás em fevereiro. Mesmo assim, muitos não acreditam nessa possibilidade, já que Maggi havia feito outros compromissos antes e, posteriormente, resolveu desfazê-los a cada surgimento de fatos novos, como de renunciar em dezembro deste ano para vir a ser ministro do governo Lula ou de concluir integralmente o mandato até dezembro de 2010 por causa da escolha de Cuiabá como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.

    Maggi admite que o desafio é grande para se eleger senador e se torna ainda maior porque o histórico mostra que governadores mato-grossenses que renunciaram ao Paiaguás para concorrer a vaga no Congresso Nacional acabaram derrotados, como foram os casos de Garcia Neto, Carlos Bezerra e Dante de Oliveira. Ele afirma ter serviço prestado e que tudo "é uma questão de voltar a conversar com a população para mostrar os feitos e apresentar novos projetos". "Se eu, de fato, for candidato a senador, vou tentar quebrar mais um paradigma", diz o governador, ao lembrar de sua eleição em 2002 e da reeleição em 2006, todas no primeiro turno.

    O empresário que desde 98, quando se elegeu primeiro-suplente de senador de Jonas Pinheiro (já falecido) tomou gosto pela política, tem comentado que precisa do apoio integral da família para encarar o pleito ao Senado. Seus aliados têm empurrado Maggi para a disputa majoritária. Eles observam que o Congresso Nacional tende a passar por uma boa "oxigenação", com renovação de dois terços das cadeiras e com possibilidade de melhorar o quadro de parlamentares. Maggi tem ouvido de parlamentares, prefeitos e empresários o argumento de que precisa, se eleito senador, atuar em questões macro e na viabilidade de recursos para Mato Grosso, especialmente junto aqueles projetos que obrigatoriamente devem ser concretizados como condicionantes para Cuiabá ser, de fato, uma das sedes do Mundial de 2014. (Romilson Dourado)

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