TRE cassa prefeito Juarez; Sinop aguarda novas eleições

Campinapolis News

Por Andréa Haddad e Flávia Borges

25-Junho-2009

Membros do Tribunal Regional Eleitoral cassaram o registro de candidatura do prefeito eleito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), por abuso de político e econômico. O placar do julgamento foi de 4 votos a 2 pela perda do mandato do peemedebista. Ele também ficou inelegível pelos próximos três anos. Dessa forma, haverá nova eleição no município.

Na noite desta quinta (25), o Pleno do TRE negou, por unanimidade, o recurso do peemedebista, que tentava reverter a decisão do juiz da 22ª Zona Eleitoral, João Manoel Guerra. O juiz Yale Sabo Mendes, que pedira vista na sessão desta terça (23), proferiu voto pela cassação de Juarez. Segundo ele, as provas são suficientes para comprovar a compra de votos e abuso de poder econômico. Em seguida, o juiz José Zuquim Nogueira cassou a liminar que mantinha Juarez no cargo. Ele já havia votado pela cassação do prefeito na sessão anterior.

Também negaram o recurso ao peemedebista Juvenal Pereira e José Pires da Cunha. O parecer do relator Renato Cesar Vianna Gomes foi pela manutenção do mandato do peemedebista e consequente derrubada da decisão que cassou o registro de candidatura de Juarez. A juíza Maria Abadia seguiu o voto do relator. Os demais membros do Pleno acolheram o voto do relator e determinaram o retorno do processo a 22ª Zona Eleitoral. Juarez foi eleito com 34.069 votos, ou seja, mais de 70%. O candidato do PV, Paulo Fiuza, ficou em segundo lugar no pleito do ano passado, com 15.922 votos.

Vereador do mesmo partido de Juarez vai assumir como prefeito-tampão

Após a cassação de Juarez Costa, o presidente da Câmara de Sinop, vereador Mauro Garcia (PMDB), assume como prefeito-tampão. Assim, o PMDB continua, ao menos provisóriamente, no comando do município.

No ano passado, Mauro foi reeleito com 1.633 votos, o quinto mais votado e o segundo da legenda. Segundo sua prestação de contas à Justiça Eleitoral, gastou durante a campanha do ano passado apenas R$ 2,4 mil. "Vamos verificar o que realmente aconteceu. Por enquanto não estou sabendo de nada", diz Mauro.